terça-feira, 31 de maio de 2011

Dois dias...

Minha jornada começava, dei meu primeiro passo, sabia que não seria nada fácil, porém assim que eu encontrasse o que eu procurava me sentiria liberta. Caminhei, caminhei, o primeiro lugar que deparei era escuro, mas era lindo, como em filmes, um lugar que me deixava arrepiada, mas me parecia perfeito para encontrá-lo.
- Oi, alguém aqui?
Ouvia ruídos bem distantes, mas nada que se parecesse com movimentos de uma pessoa. Olhei para o lado e nada vi. Ao olhar para trás vi algo, que mais parecia um vulto, minha boca tremia ao tentar dizer:
- A, a, a, alguém... Alguém aqui?
E a voz distante me respondeu:
- Sim, há alguém aqui, mas não quem você procura, sou um ser imperfeito. Pelo que vejo, você procura alguém,  e esse alguém deve ser perfeito.
Encorajei-me sem muito entender, e logo disse:
- Não procuro um ser perfeito, só procuro alguém que saiba me fazer feliz, que me inspire que me faça sentir aquilo que todos em meu mundo conseguem.
A voz mudou de tom, parecia um pouco irritada.
- Garota, saia daqui, já lhe disse que não sou quem procura. Não insista, não quero machucá-la.
Então, com muito medo tentei dizer sem que transparecesse minha voz assustada.
- Não fale assim comigo, você não sabe quem eu procuro essa pessoa não está formada em um papel, ela não existe, quem você pensa que é para falar como quem sabe tudo? Anda, diga -.   Um silêncio se espalhou e já não escutava nem se quer minha própria respiração.  De repente percebi um movimento rápido que puxava minha cintura, eram as mãos da voz distante, o nome que eu colocara para o ser imperfeito. Meu corpo naquele instante parecia que tinha sido coberto por gelo, suas mãos eram frias, muito frias. Levou suas mãos até meu rosto, apertando-o fortemente, senti uma leve dor, onde sentia gosto de sangue em minha boca por causa da força que usava enquanto tocava meu rosto. Naquele momento estava com os olhos fechados, abri-os rapidamente para poder vê-lo. Foquei em seus lábios lindos, que aproximou de meu ouvido para sussurrar:
- Saia daqui agora ou serei forçado a fazer algo que não seria agradável para você.
Usei todo minha força para empurrá-lo, sem sucesso, mas ele percebeu que eu queria tirá-lo de perto de mim e se afastou. Assim que eu o vi fiquei paralisada, ele mentiu, ele era perfeito, fixei meus olhos á ele, não conseguia parar de olhar, mas percebi que estava boba e olhei para o chão.
-  Tudo bem, eu já vou.
Sai desesperada, e um pouco impactada com toda aquela perfeição do ‘’ser imperfeito’’ como ele me havia dito. Tirei uma conclusão que o seu único defeito era ser mentiroso.
Cheguei em casa, fui me deitar... Imaginei como consegui chegar naquele lugar, parecia outro mundo. A noite foi longa, minha mente foi dominada pela face daquele ser que irradiava minha alma.
Mal abri meus olhos e dei um pulo da cama, me lembrando da noite anterior, não dei tempo para muitas conversas em minha casa e retornei ao mesmo lugar de antes.
Ao chegar lá, fui recebida por ele, minha boca tremia novamente ao tentar dizer algo pra ele. Ele sorriu pra mim, foi aí que eu quase surtei, não de forma que ele poderia ver.
- O que faz aqui de novo garota? Não deverias andar por aqui, não é lugar pra você. – Ao terminar a sua frase ele sorriu ironicamente eu descaradamente respondi.
- Ah é? E onde seria o lugar certo?   . – Não consegui segurar o sorriso e me deixei levar por aquele momento irônico de ambas as partes.
- Não entendo porque enfrenta as coisas dessa forma, deveria levar a vida mais a sério.
- Por quê? Eu vou morrer no final, não me importo com seriedades em vida.




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Obs: Sei que há vários erros, estou treinando para corrigi-los, mas não consegui me segurar e tive que postar um pedacinho dessa história. Galera, quem quiser continuação dá um UP aí. *-*

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